Porque, se nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados. (1 Coríntios 11.31) 

Haverá o dia em que cada crente em Jesus Cristo estará diante do Senhor Jesus prestando contas de sua vida terrena. É o chamado Tribunal de Cristo (2 Coríntios 5.10). Trata-se de uma prestação de contas não para salvação, mas sim para galardão.

Nem todos os justos (aqueles que foram justificados em Cristo) vão ressuscitar da mesma forma, pois o Senhor Jesus vem estabelecer um Reino na terra, e as posições a serem ocupadas nesse Reino serão estabelecidas pelo Senhor Jesus conforme cada crente viveu sua vida aqui na terra no presente corpo não glorificado: se para si mesmo (ou para o mundo, ou para o pecado, ou para a carne) ou se para o Senhor (buscando em primeiro lugar o Seu Reino e a justiça desse Reino, enchendo continuamente as vasilhas de sua vida com o azeite do Espírito Santo).

Quando alguém morre em Cristo, sua posição no Reino de Deus na ressurreição dos justos já está determinada pela forma como viveu na terra. Não há mais o que fazer para alterar essa posição. O Tribunal de Cristo somente irá explicar porque o crente obteve determinada posição no Reino, na ressurreição.

Se a ressurreição dos justos mortos em Cristo (e o revestimento para os vivos em Cristo) ocorresse agora, nosso veredicto já teria sido estabelecido. Nada mais poderíamos fazer para alterar nossa posição no Reino vindouro durante toda a eternidade. Na maior parte dos casos, seríamos “pegos de surpresa” com várias áreas de nossas vidas que precisam de acerto diante de Deus, e essas áreas por acertar nos trariam danos no Tribunal de Cristo que se refletiriam por toda a eternidade.

Mas a grande questão é: estamos vivos ainda; e portanto, esse veredicto do Tribunal de Cristo pode ser alterado se aprendermos a julgar a nós mesmos, conforme Paulo fala em 1 Coríntios 11.31.

Julgar a si mesmo se refere ao processo contínuo em que o crente é confrontado pelo Espírito Santo, onde Este lhe mostra quais são as áreas de sua vida que estão em desacordo com a Palavra Escrita e/ou com a Voz do Senhor. E este processo continua, onde o crente então se arrepende (muda sua mente, reconhecendo o pecado como pecado), confessa o pecado, e converte-se ao Senhor, deixando de praticar o mal, e passando a praticar e a fazer o que o Senhor lhe pediu para fazer.

Julgar a si mesmo se relaciona com um autoexame profundo de sua própria vida, onde nos expomos à Palavra e ao Espírito, deixando o Senhor falar conosco quais áreas que sofreríamos dano se o Tribunal de Cristo ocorresse hoje. Isso o Senhor irá nos falar não para nos condenar ou nos julgar, mas sim para que possamos nos arrepender e nos converter, e então anular as perdas que teríamos no Tribunal de Cristo se não mudássemos nossas atitudes.

Gostaria de encorajá-lo a submeter sua vida nesta estação de arrependimento a um profundo autoexame, deixando o Espírito Santo trazer à tona as áreas de sua vida que precisam de conserto. Se quisermos naquele dia entrar com confiança na Sua presença para sermos julgados, então temos que aprender a sermos rápidos a julgar a nós mesmos hoje, enquanto ainda temos tempo para isso. 

 

Rogerio Clavello

 

 

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